Resolvi entrar na moda dos blogs e falar do Los Hermanos, mesmo sem ter ouvido nem sequer um acorde de Ventura.
A história começa numa madrugada dessas na Letras&Depressões do Leblon, onde o "cara da noite" acabou ficando meu amigo. Estava eu comprando várias revistas num ataque de consumismo no meio de um ataque de raiva. Estava levando a TPM, a Simples, a Veja e a Isto É. Ele me perguntou o que eu achava da Vip. Eu disse, óbvio, que era revista de homem, machista e tal. Ele disse que não, que era legal. Eu falei par ele dar uma olhada na capa (pro caso dele não ter prestado atenção, claro). Como todo mundo sabe, a capa a Vip esse mês é a Daniella Parahyba, ops, Sarahyba. E no fim a insistência dele quanto à qualidade da Vip culminou na doação da revista para a minha sacola e com a promessa de que eu iria ler e depois contar pra ele o que tinha achado. Certo.
Depois de ler até a ultima palavra as 4 revistas que eu tinha comprado e sem mais nada light pra ler, me vi na situação embaraçosa de ter que ler a Vip, finalmente. E eis que me deparei com um review do recém-lançado Ventura. Um review até que bem bacana. O cara não é nenhum Fernando, mas mandou bem. Ei-lo:
Ventura
Los Hermanos - BMG
Depois de uma estréia comercialmente avassaladora e de um segundo disco complicado e perfeito, a banda chega ao terceiro CD melhor e mais forte. Os arranjos de Ventura acertam na simplicidade. Se não arriscam tanto como no disco anterior, afastam de vez os ecos de Weezer da estréia. Camelo e Amarante são muito diferentes, em letra e música, e igualmente talentosos. A diferença entre as canções de um e de outro e a comunhão de um texto adulto e bem escrito fazem dessa banda uma única. Afinal, quatro caras que sobrevivem às tempestades do mercado fonográfico, passam do sucesso massacrante ao status de cult sem deixar a peteca cair e sem abrir mão da liberdade artística não surgem todo dia.
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